Personalidades


Carvalho Araújo
Filho de pais vila-realenses, José de Carvalho Araújo e Margarida Ferreira Botelho de Araújo, nasceu no Porto aquando de uma visita familiar. Contudo, passou a sua infância em Vila Real, onde frequentou a escola primária e o liceu, tendo feito em 1897/98 os preparatórios na Academia Politécnica do Porto parra ingressar na escola Naval.
Outubro de 1895 - ingressou na Marinha como Aspirante
1903 - Guarda Marinha
1905 - Tenente
1915 - 1º Tenente
1918 - Capitão Tenente
Faleceu durante a guerra de 1914-1918, a 14 de Outubro de 1918, no seu posto, em combate contra os alemães, no mar dos Açores, onde navegava do Funchal para Ponta Delgada.
Devido ao seu feito heróico, muitas vidas de civis se salvaram: comandando o caça-minas Augusto Castilho, embateu propositadamente contra o potente submarino alemão U-139, evitando assim o torpedeamento do vapor S. Miguel, que conduzia a bordo cerca de 250 pessoas. Morreu carregado de glória, para que 250 pessoas chegassem ao seu destino.
Carvalho Araújo obteve várias condecorações ao longo da sua carreira militar. Após a sua morte recebeu a Cruz de Guerra de 2ª Classe e o II Grau da Ordem de Torre Espada.
O herói vila-realense é recordado, através de uma escultura da autoria de Anjos Teixeira existente na Avenida, à qual se deu o seu nome.

Na Avenida Carvalho Araújo ergueu-se uma estátua em sua homenagem.



Diogo Cão
Pensa-se que Diogo Cão, grande navegador português, terá nascido em Vila Real, no séc. XV, onde existe uma casa que se pensa ter sido sua. Não são conhecidos os seus pais, mas apenas o seu avô, Gonçalo Cão.
Os primeiros vestígios que se conhecem da vida dele são da sua juventude.
Foi escudeiro e depois cavaleiro ao serviço da casa de D. Henrique. Foi da sua ligação com o Infante que surgiu o interesse pelas tarefas marítimas.
No reinado de D. João II, em 1482, realizou-se a primeira viagem de Diogo Cão. Este comandava uma armada, cujo objectivo era reconhecer a Costa Africana e tentar descobrir o caminho marítimo para a Índia.
A viagem decorreu junto à costa africana, o que permitia o seu registo e a realização de mapas. Tomou parte, nesta expedição, uma armada que, em 1483, atingiu a foz do rio Zaire. Daqui, o navegador português enviou diversos emissários ao rei do Congo, acontecimento que marca o início das relações entre os reinos do Congo e de Portugal.
No final desta viagem, a entrada de uma enseada que desde a costa inflecte para su-sudeste persuadiu Diogo Cão de que tinha atingido a ponta meridional de África e, consequentemente, de ter descoberto a passagem para o Oceano Índico.
Como reconhecimento, D. João II concedeu-lhe o foro de fidalgo e uma tença de 10.000 reais.
D. João II, desejoso de manter relações com o rei do Congo, envia, em 1485, Diogo Cão numa segunda viagem. Diogo Cão partiu para o Cabo de Sta. Maria, onde sofreu uma enorme desilusão, pois constatou que ali não terminava a costa africana. Após esta viagem, D. João II não voltou a enviar Diogo Cão em qualquer outra missão.


Alves Roçadas
José Augusto Alves Roçadas nasceu em Vila Real, em 1865. Ingressou na vida militar aos 17 anos e aos 29 já era capitão de cavalaria. Foi mobilizado para Angola, nomeado Chefe do Estado-Maior desta província e governador da província de Huíla.
Recebeu a Torre e Espada das mãos de D. Carlos e também a Cruz de Guerra de 1ª classe, devido a serviços prestados.
Mais tarde foi promovido a general e comandou a 2ª divisão do Corpo Expedicionário Português, em França. Governou também os territórios da Companhia de Moçambique e foi Governador de Macau.
Faleceu em Lisboa, em 28 de Abril de 1926.
Em sua homenagem foi erguido um busto, na avenida que detém o seu nome.





Madame Brouillard
Nasceu em Vila Nova, em 1852, sendo o seu verdadeiro nome Virgínia Rosa Teixeira.
Viajou por muitos países – Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Rússia e América. Dedicou-se à quiromancia (adivinhação) e a outras ciências ocultas, exercendo o seu ofício durante as suas viagens. Em Portugal, Lisboa, abriu um consultório, frequentado por figuras ilustres, como alguns políticos da época.
Morreu a 4 de Setembro de 1925, em Lisboa, mas o seu corpo foi transladado para o Cemitério de São Dinis. No seu testamento declarou o desejo de deixar os seus imóveis e o que eles contivessem ao Hospital da Divina Providência de Vila Real. Esse mesmo testamento também beneficiava a União Artística Vila-realense e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Salvação Pública.
A Câmara Municipal de Vila Real, em 1929, atribuiu o seu nome a uma das suas ruas.





Aureliano de Almeida Barrigas
Aureliano Barrigas nasceu em Vila Real, em 1890, tendo falecido em 1948.
Foi aluno da actual Escola Secundária de S. Pedro. Abandonou o curso de engenharia, que frequentava, para se dedicar às manifestações artísticas e ao desporto (foi praticante de vela, tiro e motociclismo).
Fundou o Clube de Tiro aos Pombos, de Vila Real. Foi o criador do Circuito Automóvel de Vila Real. Pertenceu à Comissão Organizadora do Sport Clube de Vila Real, constituída em 1922. Promoveu corridas de moto, gincanas e exposições de automóveis.







Monsenhor Jerónimo Amaral
Nasceu na casa de Urros, em Mateus, no dia 4 de Novembro de 1859, tendo falecido em Fevereiro de 1944.
Formou-se em Direito Civil, na Universidade de Coimbra, em 1882. Foi militante do Partido Progressista, até 1910, e do Partido Nacionalista após a implantação da República. Foi duas vezes indicado para aceder ao bispado (de Vila Real e de Bragança), tendo declinado tais convites.
A ele se ficou a dever a fundação do Colégio de Nossa Senhora do Rosário, actual sede da Escola Profissional do Nervir. Mandou edificar o edifício para onde se mudou o Liceu, em 1901. Ofertou a Casa do Paço Episcopal à Diocese de Vila Real. Mandou erguer, nos seus terrenos, a Escola Preparatória Monsenhor Jerónimo do Amaral.